Débito ou Crédito?!

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26.04.2021

Essa pergunta significa muito para o seu bolso!

5/5
assignLucas

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Uma dúvida cruel (e uma boa discussão)…Qual é o melhor para o seu bolso?

Realizar compras no débito ou no crédito?

Vamos começar pela opção que a grande parte dos brasileiros optam na hora de pagar a conta:

No CRÉDITO!

 

Para todos que já conversei sobre o tema até hoje, a maior alegação de optarem por compras à CRÉDITO no dia a dia é devido ao fato de quererem aproveitar os programas de fidelidade (milhas, pontuações e, mais recentemente, o cash back).

Ok, faz algum sentido, não é atoa que as empresas do setor de fidelização não param de crescer e surgir novas por aí.

No entanto, deve-se atentar que a optar por compras à crédito gera obrigações (de pagamento) mensais que, no caso de compras parceladas, continuarão vindo todo mês, independentemente do que aconteça com a sua renda mensal.

 

O valor da fatura do cartão de crédito irá virar uma espécie de “custo fixo” (mais para frente eu explico melhor) para o orçamento pessoal pois, inconscientemente, as pessoas vão se acostumando com um valor mensal da fatura e assim vão tentando administrá-la mensalmente, quase que virando um valor “referência” para a mente: 

“Ah! A minha fatura sempre vem R$ X mil por mês!”

Vejamos um exemplo hipotético:

Se a fatura mensal do cartão de crédito vem em média R$ 1.000,00 por mês, quando começar a vir menos (R$ 900,00, R$ 800,00) automaticamente no insconsciente virá um “anjinho consumista” lhe dizer:

 “Opa! Tem um espaço para mais compras à crédito!”

E assim, logo serão assumidos novos parcelamentos ou novos gastos para retornar ao valor “referência” de R$ 1.000,00 que já está mentalizado (e tende a ir subindo esse valor).

Ou seja, a fatura do cartão de crédito se torna um débito mensal, com um valor constante. Por isso disse aqui que vira uma espécie de “custo fixo” no seu orçamento.

Outro problema de optar por comprar à crédito para a maioria das compras é que os débitos vêm todos dentro de uma “grande cesta” (a fatura) e fica difícil de saber quanto realmente está sendo gasto com os grupos de despesas como:

  • Alimentação;
  • Educação;
  • Saúde;
  • Translados/Combustível;
  • Diversão;
  • Assinaturas;
  • Roupas;
  • E vários outros grupos de despesas
Dessa forma, fica difícil identificar e manter um controle das suas despesas para saber exatamente quanto virá a fatura do cartão (geralmente sempre uma surpresa) e, ainda, para que seja possível analisar quais podem estar sendo as vilãs do seu orçamento pessoal, e você continuará sem perceber por onde o dinheiro está saindo pelo ralo.
 
Lembre-se que a fatura do cartão de crédito não quer nem saber se você está empregado ou não, se a sua fonte de receitas mensais acabou ou está menor…
A conta estará lá no final do mês esperando que você pague! (ou incorrer em juros altíssimos caso não pague ou pague parcialmente, que dificilmente conseguiriam ser obtidos na maioria das opções de investimentos).
 

Vejamos agora a função DÉBITO!

 
Assim como eu, pessoas que utilizam o cartão de débito para pagaram a maioria de sua compras são vistas como pessoas que estão perdendo a oportunidade de aproveitar os “imperdíveis benefícios” dos programas de fidelidade (milhas, pontos, etc.).
 
Realmente, pode até ser. Mas confesso que nunca senti falta dos “benefícios” destes programas, e que os malefícios que eles provocam no comportamento financeiro pesam muito mais que os teóricos “benefícios” ofertados.
 
Comprando à débito, é possível perceber a despesa de forma imediata em sua conta corrente, diariamente (e não apenas na data da fatura). Comprando a débito, você não está gerando obrigações (passivos) mensais, pois estas despesas já foram pagas/quitadas naquele momento.
 
Ao contrário do anjinho consumista da função crédito, comprando à débito você já percebe sua conta corrente diminuir e agora o anjinho consciente (pão-duro) diz: 

“Opa! Vamos ficar de olho nos próximos gastos pois o dinheiro está acabando!”
 
Percebe-se então que o maior benefício de comprar à débito é o comportamento e a consciência financeira.

Além também de conseguir controlar DIARIAMENTE as suas despesas e ainda viabilizar um fácil controle dos grupos de despesas mencionados anteriormente (alimentação, saúde, educação, etc.) e assim perceber quais são aqueles gastos que estão abocanhando o seu orçamento pessoal e tomar ações possíveis para reduzi-os ou até mesmo elimina-los.
 
Caso ainda não tenha, baixe aqui gratuitamente a nossa Planilha de Controle do Orçamento Pessoal.
 

Mas afinal, passar compras no CRÉDITO ou no DÉBITO? Qual é (financeiramente) o mais adequado?

 
Antes de deixar a minha opinião, vamos listar as vantagens encontradas em um que não são possíveis no outro. Vejamos:
 
COMPRAS À CRÉDITO (vantagens):
  • Possibilidade de diluição de uma compra de alto valor ao longo do tempo;
  • Acúmulo de benefícios dos programas de fidelidade;
 
COMPRAS À DÉBITO (vantagens):
  • Não gera despesas passivas contínuas;
  • Viabiliza a percepção imediata do impacto da despesa e viabiliza o fácil controle e gestão do orçamento pessoal;
 
Assim, financeiramente falando e na minha humilde opinião, tendo também como base os efeitos comportamentais destes dois perfis de consumo, continuo achando que organizar o seu orçamento mensal para optar por realizar a maioria das compras à DÉBITO é o melhor caminho possível.
 
LEMBRANDO, a maioria das compras! Pois compras de alto valor como viagens, bens, serviços e outras, podem se tornar interessante de serem feitas à CRÉDITO, exatamente para diluir o alto custo ao longo do tempo, tendo em vista que geralmente são despesas eventuais, não constantes e de fácil controle.
 
Ainda, e não menos importante, deve ser observado sempre a possibilidade de descontos no caso de pagamento à vista. As vezes, boas oportunidades aparecem para quem tem o dinheiro disponível naquele momento!
 
Boa sorte, boas compras e um bom controle do seu orçamento!

 

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