Como a própria palavra já diz, é um composto de “estagnação” com “inflação”, que ocorro quando a economia de um país está com uma alta inflação (aumento generalizado dos preços) e um baixo crescimento econômico.

A palavra estagflação foi mais disseminada em meados dos anos de 1970, com a crise do petróleo, elevando o preço da commodity e todos os itens relacionados a esta, o que pressionou os preços da economia. Ainda, na época, os indicadores de desemprego estavam aumentando, principalmente nos EUA, onde foi considerado um momento de alta de preços e baixo crescimento – estagflação.

No Brasil, eventos como esse ocorreram em meados dos anos 80 (relacionados à crise da dívida externa) e em demais períodos pontuais mais de curta duração. Alguns especialistas dizem que o mais recente momento de estagflação no Brasil foi em 2015, onde o país tentava equilibrar a inflação com uma política nacional de estímulo ao consumo.

No entanto, estamos em um momento onde várias variáveis estão envolvidas e que esta situação de estagflação poderá ser oficialmente considerada o quanto antes e, infelizmente, não será tão transitória como em momentos anteriores.

Variáveis como a pandemia, instabilidade política, travamento de pautas importantes para a economia do país, falta de gestão fiscal e tributária, desvalorização do real e enfraquecimento do setor produtivo em geral potencializam a continuidade do aumento dos preços (inflação) e a falta de investimentos diversos que ajudam ao crescimento econômico de fato.

Mas como tudo isso impacta nós, meros mortais?!

Além, claro, da alta generalizada dos preços (de combustíveis e alimentação até bens como imóveis e veículos) que afeta diretamente o nosso bolso, nossas finanças, o baixo crescimento econômico reduz a geração de emprego e renda no país.

Assim, se torna um momento de estrema cautela ao tomar decisões que envolvam o comprometimento da renda mensal, revisão do orçamento pessoal para eliminação ou redução de despesas/custos mensais, atenção à aplicações financeiras, pois estas deverão ser bem estruturadas para minimizar o risco do seu capital e ainda não deixar que a inflação seja maior que os seus retornos.

Buscar investimentos estrangeiros nesse momento talvez seja uma boa opção, que pode ser encontrada em fundos de investimentos multimercado ofertados por diversos bancos e corretoras, ETF (exchange traded funds) e BDR de empresas estrangeiras negociadas em nossa bolsa de valores B3.

Por outro lado, investimentos em renda fixa que a tanto tempo eram desinteressantes, passam agora a ser interessantes tendo em vista a alta da Selic e a alta probabilidade que continue aumentado. Logo, investimentos como CDB e demais atrelados a um retorno % do CID e da própria Selic devem ser analisados, assim como papéis do Tesouro Direto que já estão pagando 2 dígitos de rentabilidade anual.

Continuaremos torcendo para a melhora política-econômica de nossa país e que momentos menos turbulentos cheguem o quanto antes para todos.

Sucesso e bons investimentos!